As perturbações da indústria de IA sob as novas regras de exportação de chips dos EUA

As botas finalmente tocaram o chão, as novas regras de controle de exportação de chips dos EUA para a China foram oficialmente reveladas. As novas regras restringem ainda mais a exportação de chips para a China, com a capacidade de computação como o principal critério de avaliação, abrangendo quase todos os chips de alto desempenho atualmente.

Até mesmo as placas gráficas de consumo da Nvidia, como a RTX 4090, não escaparam. Embora seu produto da potência de cálculo e largura de banda seja apenas cerca de 2700, a média da capacidade da área do chip se encaixa exatamente na faixa de julgamento da lista de controle de exportação de chips de alto desempenho 3A090b. Isso significa que até mesmo as vendas de placas gráficas voltadas para jogadores também serão restritas. De acordo com relatos, autoridades americanas afirmaram que os pedidos dos chips de consumo mais poderosos também precisam ser informados ao Departamento de Comércio, mesmo que sejam destinados a laptops.

O rigor das novas regras é chocante. Todos os chips de alto desempenho estão sujeitos a restrições, incluindo os chips de IA desenvolvidos especificamente para o mercado chinês, como o A800, H800, L40S da NVIDIA, bem como o MI250 da AMD e o Gaudi2 da Intel.

As novas regras emitidas pelo Departamento de Comércio dos EUA foram claramente preparadas com cuidado. Além de estabelecer a capacidade de computação como padrão, também foram criados mais obstáculos em relação à lista de países com restrições de exportação e à licença de exportação de equipamentos de fabricação de semicondutores. Ao mesmo tempo, algumas empresas chinesas foram incluídas na chamada "lista de entidades". O Departamento de Comércio também planeja iniciar um processo para restringir o acesso da China à capacidade de computação em nuvem.

Em suma, as novas regras são um esforço duplo para impedir que a China obtenha chips de terceiros países, bem como para bloquear a China de adquirir a capacidade de fabricar chips avançados. Esta política reflete a radicalização da atitude dos EUA em relação à China.

Quanto a esta nova regulamentação rigorosa, há opiniões divergentes na indústria e na política. A Semiconductor Industry Association (SIA), que representa 99% das empresas de chips dos EUA, acredita que o controle do governo é demasiado abrangente e pode prejudicar o ecossistema de semicondutores dos EUA. No entanto, alguns membros do Congresso acreditam que a política não é suficientemente forte.

A falha das empresas de chips em fazer lobby é evidente. Empresas como Intel e NVIDIA não conseguiram influenciar de forma positiva a formulação de políticas do Departamento de Comércio. A NVIDIA reconheceu em documentos regulatórios que as novas políticas afetarão as vendas de quase todos os seus chips populares e que não pode garantir a aprovação ou o processamento em tempo hábil das solicitações de licença de exportação.

O setor de chips era um exemplo de economia globalizada, mas agora os EUA estão abusando de sua posição dominante em nome da segurança nacional. Essa "dependência armada" permite que os EUA afetem a cadeia de suprimentos global controlando pontos-chave.

Para a China, melhorar a capacidade de chips domésticos tornou-se uma questão obrigatória. Atualmente, o ecossistema Ascend da Huawei é bastante competitivo no campo da computação em IA, e muitas empresas nacionais estão utilizando suas soluções. No entanto, de forma geral, a capacidade dos chips domésticos ainda está longe de atender à enorme demanda do mercado por poder computacional.

Apesar dos desafios enfrentados no setor de chips, a forte capacidade demonstrada pela China na área de grandes modelos não pode ser ignorada. Esta tendência é crucial para o desenvolvimento tecnológico da China. As limitações de chips podem atrasar a velocidade de desenvolvimento, mas nunca apagarão a centelha da inovação no campo da inteligência artificial.